Sejam todos bem vindos ao meu mundo. Espero que através de minhas imagens vocês consigam levar um pouco da minha paixão pela fotografia de paisagens, bem como pelas incríveis experiências vivenciadas nos últimos 16 anos estudando e praticando aquilo que considero uma verdadeira filosofia de vida.
Para mim a fotografia significa muito mais do que um hobby ou profissão. Consiste numa clara opção por um estilo de vida, onde a jornada é mais importante do que o próprio destino.
Filosofia esta que diz respeito à experiência de passar mais tempo em contato com a natureza, de respirar o ar puro das montanhas, de sentir a brisa suave e quente do litoral, de trilhar por caminhos pouco explorados, de escutar o canto dos pássaros, de se emocionar com o silêncio eloquente das grandes vistas, de aventurar-se pelo desconhecido, e, acima de tudo, de testemunhar acontecimentos extraordinários e únicos que talvez nunca mais se repitam novamente.
É também a oportunidade que eu encontro para desligar-me, por algum tempo, dos problemas do dia-a-dia, e concentrar-se exclusivamente em como sintetizar toda aquela energia e emoções transmitidas pela paisagem posta à minha frente e transformá-la numa fotografia.
Para tanto, gosto de criar imagens dentro do meu próprio ritmo, na maioria das vezes de forma muito lenta, concedendo-me todo o tempo necessário para estabelecer uma conexão íntima e profunda com a paisagem posta à minha frente. Primeiramente, para detectar a sua essência, identificando aquilo que a torna única dentre todas as demais.
Em seguida, e o mais importante, perceber o modo como reajo físico e emocionalmente a essa experiência, a fim de que a imagem final consiga absorver estes sentimentos, traduzindo fielmente minha visão artística, e não se limite a um mero registro frio e literal do local fotografado.
Nas minhas imagens, a paisagem posta à minha frente no momento do click combina-se de forma indissociável com aquela existente dentro de mim, revelando minha personalidade, meus sentimentos e emoções. De certa forma, pode-se dizer que ao fotografar o mundo exterior eu revelo um pouco do meu mundo interior.
Encaro a fotografia também como uma oportunidade de me envolver numa atividade criativa de produzir arte. Não há nada mais prazeroso do que acompanhar um conceito ou idéia, inicialmente imaginados apenas em minha mente, ainda na fase de pré-visualização, ir passo a passo tomando forma, à medida em que o processo criativo com todas as suas nuances e variáveis vai avançando, desenvolvendo-se, até resultar na imagem final, infundida com todos aqueles aspectos absolutamente intangíveis, presentes originalmente apenas na minha imaginação.
Quando isso acontece, e o resultado alcançado se aproxima bastante da idéia originalmente concebida, uma gama de emoções extremamente prazerosas explode dentro de mim e experimento a incrível sensação de ter cumprido o meu objetivo. De ter realizado com sucesso todas as etapas que me propus a executá-las e de sentir-me profundamente orgulhosos por este feito.
A mensagem que eu busco transmitir através de minhas imagens é de profundo respeito e admiração pela natureza. Espero que possam servir de inspiração para outras pessoas fazendo-nos refletir sobre o modo como interagimos com ela, com outras pessoas e até mesmo com nós mesmos, permitindo-nos, quem sabe, atingir um nível mais elevado como seres humanos.
Iniciei minhas primeiras incursões pela fotografia há 15 anos atrás quando adquiri a minha primeira câmera fotográfica, na época uma Nikon N70 analógica. Como a maioria das pessoas que se interessam pela fotografia meu objetivo inicial era tão somente registrar através de imagens as viagens que eu fazia.
Sempre me encantei com a possibilidade de congelar numa imagem os momento incríveis experimentados nas minhas expedições pelo Brasil afora, sensações estas que eram quase que inteiramente rememoradas todas as vezes que eu lançava os olhos sobre a fotografia criada.
Fotografia e viagens sempre estiveram intimamente ligados desde o início, uma atividade completando a outra. Também nunca me interessei em explorar outros ramos além da fotografia de paisagens. Esta satisfaz plenamente minhas necessidades artísticas como fotógrafo.
Pela carência de cursos de fotografia nos locais que eu morava ao tempo em que iniciei minhas atividades, tive que me virar por conta própria, na base do erro e acerto principalmente. Ademais, tive que recorrer a livros estrangeiros especializados em fotografia de paisagens. Foi um desafio a mais pois naqueles tempos não dominava o inglês e não existia qualquer literatura nacional especializado sobre o tema. Aquela altura o processo analógico de revelação da imagem, não permitia a rapidez de aprendizado proporcionado pela tecnologia digital disponível atualmente.
Porém como tudo na vida em que há vantagens e desvantagens, acredito que o fato de ter aprendido a fotografar na época do filme me deu uma base totalmente diferente daquela se tivesse iniciado a fotografar atualmente com todas as facilidades oferecidas pela fotografia digital. A necessidade de obter no momento da captura da imagem a foto pronta e acabada acredito ser um deles, pois definitivamente me ajudou a criar uma sólida rotina de preparação que me permitisse antecipar-se ao momento do click e não apenas reagir de acordo com os caprichos da natureza, além de diminuir o trabalho de pós-produção.
Após analisar as minhas primeiras imagens imediatamente percebi que havia um degrau enorme entre elas e dos fotógrafos que eu admirava. Pude concluir assim queuma bela fotografia não era obra do acaso, mas sim o produto de uma série de decisões acertadas tomadas pelo fotografo. Foi quando então decidi que teria que estudar mais a fundo a fotografia de paisagens, recorrendo a mestres ainda hoje consagrados tais como Ansel Adams, Jonh Shaw e Galen Rowell.
Estes autores me deram a base inicial necessária para que eu pudesse a partir de então caminhar com minhas próprias pernas, decidindo o estilo pessoal que iria adotar, e principalmente a visão artística que gostaria de ver compartilhada com as pessoas.
Uma das virtudes que me orgulho de ter herdado de meus pais foi o gosto pelos estudos, principalmente quando o conhecimento adquirido pode ser aplicado de forma prática em algo que você realmente ama, no meu caso a fotografia paisagens. Portanto nunca me importei em ficar horas e horas estudando e aprimorando minha técnica de modo a alcançar um nível de excelência cada vez maior.
Munido dos dois principais atributos que julgo necessário para criar uma boa fotografia de paisagens, qual seja paixão e perseverança, não demorou muito para que minhas imagens começassem a ser reconhecidas nacional e até internacionalmente. Meu trabalho passou então a estampar campanhas publicitárias de várias empresas importantes, além de serem usadas em capas de publicações editoriais importantes. Participei também de varias exposições coletivas e individuais, publiquei meus primeiros dois livros, ganhei inúmeros concursos de fotografia, bem como editais de fotografia, e fui convidado a ter 40 de minhas imagens expostas de forma permanente, juntamente com nomes consagrados da fotografia tais como Sebastião Salgado e Luciano Candisani, no prestigiado Museu do Descobrimento que em pleno território europeu faz uma bela homenagem ao Brasil, fato este que constitui o ponto ápice de minha carreira artística até a presente data na minha opinião.
Engana-se no entanto que tais resultados tenham sido adquiridos da noite para o dia, ou às custas de sorte ou puro talento. Posso orgulhosamente assegurar que todos estes resultados foram fruto exclusivo de muita perseverança além de um trabalho contínuo de mais de uma década estudando, praticando e aprimorando a minha fotografia de paisagens.
Mesmo com o relativo sucesso de minhas imagens comecei a notar que boa parte deste êxito provinha muito mais do impacto visual causado pela paisagem fotografada do que em razão de alguma mensagem ou ideia que eu estivesse querendo transmitir através de minhas imagens.
Percebi então que seria necessário então dar uma nova guinada na minha carreira artística, estudando mais a fundo a parte artística do ato de fotografar paisagens, matéria esta ainda muito pouco difundida, mesmo nos Estados Unidos onde a fotografia de paisagens encontra-se num patamar mais avançado em termos de desenvolvimento em relação aos demais países.
Foi então que aprendi com o inesquecível Ansel Adams que uma fotografia perfeitamente em foco não é tão poderosa quanto aquela capaz de transmitir uma mensagem; Passei então a estudar autores como David Ward, Guy Tal e Alain Briot que possuem uma forte preocupação com este lado artístico da fotografia, e com a necessidade da produção de imagens que tenham uma capacidade de transmitir uma mensagem.
Foi somente a partir de então que comecei a produzir as imagens que considero mais criativas e que realmente sejam capazes de representar a minha personalidade como ser humano, o modo como eu encaro e interajo com o mundo a minha volta, além de representar uma cópia fiel daquilo não apenas daquilo que vi, mas principalmente daquilo que senti e experimentei ao criar a imagem.
Apesar da aparente singeleza da tarefa, tal mudança implicava numa abordagem muito mais introspectiva que exige um profundo grau de autoconhecimento como pessoa. Afinal não seria possível transmitir uma mensagem através da imagem se eu não soubesse previamente de forma muito clara qual o tipo de mensagem que eu queria transmitir, e principalmente de forma que se harmonizasse com minha personalidade.
Esta é fase que eu me encontro atualmente; uma fase com um universo muito mais rico a ser explorado, que não se limita apenas em registrar as paisagens à minha frente, com potenciais praticamente infinitos de desenvolvimento, no qual eu me sinto extremamente empolgado em explorar.
Informações sobre carreira fotográfica:
Começou a fotografar em 1998 tendo desde o início se dedicado, exclusivamente, a fotografias em ambiente outdoor com ênfase para os temas ligados à natureza e ao turismo.
Possui banco de imagens com mais de 100.000 fotografias de temas ligados ao binômio (natureza/turismo) de diversas localidades do Brasil, estando boa parte desse acervo disponível para consulta on-line na internet no seguinte site: www.alexuchoa.com.br
IPA - INTERNATIONAL PHOTOGRAPHY AWARDS/EUA 2015
IPA - INTERNATIONAL PHOTOGRAPHY AWARDS / EUA 2014
1º MOSCOW INTERNATIONAL FOTO AWARDS - MIFA / RÚSSIA 2014
7º INTERNATIONAL LOUPE AWARDS / REINO UNIDO - 2014
EPSON INTERNATIONAL PHOTOGRAPHIC PANO AWARDS / AUSTRÁLIA - 2014
CONCURSO SOS MATA ATLÂNTICA 2008
CONCURSO ITAÚ BBA ÁRVORES FLORIDAS 2006
12TH INTERNATIONAL ART/PHOTO CONTEST JAPAN 2004
CONCURSO PROMOVIDO PELA REDE DE HOTÉIS BLUE TREE PARK COM O TEMA "MATA ATLÂNTICA DE SÃO PAULO 2004
CONCURSO PROMOVIDO PELA AGÊNCIA DE ECOTURISMO VENTURAS COM O TEMA "ECOTURISMO" 2004
CONCURSO "NORONHA 500 ANOS" PROMOVIDO PELA ADMINISTRAÇÃO DO ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA 2004
CONCURSO INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA PROMOVIDO PELO PARQUE DAS DUNAS, NATAL-RN 2003
Principais trabalhos publicados em revistas e guias de turismo